Posted by : Monik Ornellas

Ontem quando estava voltando de um evento com as meninas, estávamos falando no carro sobre um texto que está rolando na internet que fala sobre o Dia dos Namorados e a comparação deste em relação à outras datas comemorativas.


Interessante, válido, mas sinceramente, não é uma questão de “dia”, mas sim do quê aquele dia nos lembra, tal como Natal e outras datas.

Nós, seres humanóides, gostamos de inventar para nós datinhas felizes, datinhas de protesto – como a do Zumbi – enfim, a galera adora colocar pontos de exclamação na vida para ter o que lembrar, ou, lamentar.

Quanto ao Dia dos Namorados, sim, ele é só um dia. Um dia comercial? Sim e não. Se tem humano no meio, as coisas sempre serão duplas ou triplas, rs. O Dia dos Namorados é um dia super emocional. Se seu foco de amor está no outro, você sentirá falta do outro para se sentir amado, mas se entender que o outro é sempre o espelho do amor que sentimos por nós mesmos, o Dia de Hoje, será um tributo à você mesmo.


Hoje estou aproveitando não só a folga, como a energia do Dia – por que todo esse foco no amor, cria um manancial energético muito legal para fazermos certas reflexões – para olhar para mim como pessoa, ser humano, amiga, filha e mulher e ver o quanto eu me amo e quanto ainda preciso descobrir sobre novas formas de amar.

Observando também quais as situações no meu dia-a-dia que expõem meu desamor, e são várias. É o sacrifício (auto criado) dos processos, a grana apertada, e vários pequenos pontos que explicitam grandes “faltas emocionais”.

Em contrapartida, também tenho que observar com carinho e agradecimento a enormidade de pessoas que caminham junto comigo (observação: sempre dispostas e sorridentes, não importando a furada que a gente se meta, rs) e isso também é amor e auto amor.

Dia dos Namorados é um dia de pensar na construção das relações.

Todas as nossas relações, por isso ele só parece comercial, mas é totalmente providencial.  O que acontece é que mesmo muita gente não fazendo esse tipo de reflexão, inconscientemente, existe um vazio e uma insatisfação coletiva, pois muitos se recusam a olhar a si mesmos no espelho da vida,  outros tantos, apontam todos defeitos que encontram nos "espelhos" que cruzam seu caminho, sem conseguir enxergá-los em si mesmos. Então, como ser amado por outro?


Somos “obrigados” a olhar-nos no espelho – seja ele físico ou nosso namorado – para enxergar várias facetas nossas: nosso nível de doação, atenção, receptividade, troca, cuidado, carinho entre milhões de observações maravilhosas sobre como nos portamos com aquele que se dispõe (e escolhe) caminhar ao nosso lado.

Eu vejo muitas pessoas tratarem seus namorados como uma lata de lixo que tem a obrigação de lidar com suas cargas emocionais, cobranças, desesperança e traumas de relações anteriores, em contrapartida, esses companheiros se sentem tão pequenos que aceitam em suas costas esse “parceiro” que só legitima sua necessidade de sofrer. De certa forma, perfeitos um para o outro.

É uma pena as pessoas ainda acreditarem que “amar é sofrer”.

O mar é composto de bilhões de grãoszinhos de areia e assim é em todo universo. Se você conseguir entender essa premissa, entenderá que o amor não está num parceiro, mas em todas as nossas pequeninas ações diárias que vão crescendo em volta de nós e que sim, de uma hora para outra podem, também, se transformar num companheiro de caminho.

Eu, ainda estou criando conchinhas de carinho e fomentando pérolas no meu mar de amor.
Obrigada à tudo e à todos.


Boa Reflexão e Feliz Dia dos Namorados.

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