Posted by : Monik Ornellas

Há uma busca em todos nós que é a de SER, porém,
ela se confunde muito com a de TER. E está tudo bem.

Qual a sensação que aquela bolsa da Prada, irá lhe proporcionar? Poder? Altivez? Estilo?
Como você se sentiria dirigindo um Audi ou uma BMW?
Como é ser dono de uma empresa de sucesso que ganha milhões?

Como é se sentir dessa ou daquela forma? O quê cada uma dessas coisas e tantas outras nos proporcionam de EXPERIÊNCIA, ou, como elas nos fazem sentir sobre nós mesmos?

Se você puder voltar ao texto Tudo é Energia, irá entender que somos nós, seres humanos quem damos significado ao mundo à nossa volta, não o contrário. Logo, quando preciso de algo para experimentar determinada sensação (se sentir poderoso, cheio de vitalidade, amado, feliz, livre, auto-confiante, capaz...), estou usando uma muleta para me sentir de uma forma, que ainda não sou.

Quando enfim nos tornamos um pouco de quem realmente somos, todos esses objetos e aquisições deixam de fazer parte do status ou da nossa identidade, para somente fazer parte do Universo que SERVE a quem somos de verdade, sem apegos ou necessidades.


Por isso é tão certo aquele ditado que diz que: 
O dinheiro e o Poder somente amplificam aquilo que a pessoa já é.

Veja, esta semana estava no banho pensando no que iria vestir. Eu queria algo extremamente confortável, quando de repente me dei conta estava selecionando as roupas pela aparência que elas poderiam passar, daí o alarme soou: sou eu quem dou identidade às minhas roupas, ou, são elas que definem quem sou?

O que é Moda? É quando você deseja se sentir chique e compra das roupas mais caras, com os cortes mais refinados e exclusivos, para ser reconhecida como tal. Porém, uma pessoa realmente chique é refinada mesmo vestindo uma roupa maltrapilha. A identidade dela está na energia que exala e não na roupa que veste. A roupa é apenas um acessório que enaltece quem ela realmente é.

Excelente filme: "Os delírios de consumo de Becky Bloom"

Eu adoro roupas escuras e se pudesse usaria sempre salto e botas, muito provavelmente, talvez eu não me sinta tão segura quanto aquilo que desejo transparecer, caso contrário, não precisaria de roupas para passar tal imagem. As roupas nunca vão me dizer quem sou, pois elas são: roupas. Em contrapartida, uma mulher poderosa – não no sentido de poder, mas de segurança e auto estima -, transforma qualquer pedaço de pano num tributo à sua personalidade.

Criamos o hábito de atrelar nossa felicidade aos “quando”: quando eu tiver esse carro, aquela casa, o amor da minha vida ou conseguir aquele cargo. Na verdade, não estamos falando de aquisições e conquistas, mas sim do desejo interno de nos sentirmos de determinada forma quando conseguirmos aquele algo.

Não é a aquisição que lhe fará feliz, mas toda auto-estima e percepção que irá construir quando estiver caminhando em direção ao que deseja. Pessoas que não conseguem construir um mundo interno de valor durante essa jornada, acabam tendo aquela sensação de vazio quando alcançam sua meta.

Se, para nos sentir livres precisamos estar numa busca frenética de esportes radicais que nos proporcionem tal sensação, talvez ainda existam amarras internas que se refletem numa necessidade externa de liberdade.


Outro ponto interessante, é que muitas pessoas trabalham e colocam metas com o desejo interno de provar para pai, mãe, amigos ou inimigos de que são capazes, o significa que ela mesma não reconhece sua capacidade e precisa da validação externa para acreditar em si mesma. Logo, ela tem um péssimo propósito interno para alimentar sua energia durante a jornada.

O universo é um espelho, e estamos sempre tentando nos reconhecer usando de roupas, acessórios, objetos, profissões e status como meio de alcançar aquilo que ainda não somos, mas que desejamos desesperadamente nos tornar.

Isso não é de forma alguma uma crítica ao TER, muito pelo contrário, precisamos muito ser cada dia mais prósperos e abundantes de todas formas, mas é importante que estejamos mais atentos aos SENTIR por trás de cada coisa que almejamos.

É também SOS para a autenticidade, pois o mundo ganha vida com nossa presença, e o que acontece é que a maioria das pessoas dão mais valor a visão externa, do que a percepção interna da realidade.



Para amplificar a percepção dessa realidade você pode ler três textos que complementam essa percepção:
A Realidade como Espelho de quem VOCÊ é

Abraço!

5 Responses so far.

  1. Como sempre um espetáculo este texto! Parabéns Querida!
    Beijos

  2. Muito bom Monik.

    Gostaria de ressaltar um aspecto: "Na verdade, não estamos falando de aquisições e conquistas, mas sim do desejo interno de nos sentirmos de determinada forma quando conseguirmos aquele algo."
    Qual seria então o caminho para chegar a este "SENTIR" sem ser por estes meios?

    Como podemos ser estes agentes de mudança se a amioria de nós sequer sabe quem é ou o que necessita para viver plenamente e apenas segue o fluxo, sem a tal autenticidade?
    O que voce proporia, para a resolução de tais questões?
    Não, não quero ter que ler mais três textos para complementar o que voce diz.

  3. Oi Gisa!
    Qual seria então o caminho para chegar a este "SENTIR" sem ser por estes meios?

    Pelos menos aqui na Terra o único meio de chegar a esse SENTIR, como você bem sabe, é vivendo intensamente todas essas aquisições e conquistas. A diferença está no grau de consciência que temos dentro dessas experiências.

    Como podemos ser estes agentes de mudança se a amioria de nós sequer sabe quem é ou o que necessita para viver plenamente e apenas segue o fluxo, sem a tal autenticidade?

    Cada coisa está como deve ser, certo? Esse grau de "inconsciência" é somente um degrau no caminho para a própria consciência, faz parte da construção das nossas experiências que nos levam a grandes sacadas.

    O que voce proporia, para a resolução de tais questões?

    O que eu proponho é irrelevante, exponho meus pensamentos, o que cada um se dispõe a fazer ao ler cada texto é um decisão individual.

    Não, não quero ter que ler mais três textos para complementar o que voce diz.

    Nem deveria, você já conhece o conteúdo da maioria deles.

    Beijão Gisa!

  4. Obrigada pela prontidão na reposta, Nick!
    Entendi... o lance é se expressar, compartilhar o que pensamos!!!rsrsrsrs

    beijinhos

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