Posted by : Monik Ornellas


Em algum lugar do passado nos disseram que só era certo ser bonzinho... 
Desse dia em diante nosso aspecto yang foi para as sombras e se tornou um fugitivo  fora da lei.


A luta entre o bem o mal. Os cinemas adoram explorar esse tema,  simplesmente por que esse é o dilema existente dentro de cada um de nós. Vemos nas telas o reflexo de uma guerra interior. 

Não existe luta, existe integração. Se somos criadores, somos vítimas de nós mesmos, então será que somos realmente vítimas?

O fato é que nenhum de nós é ou será somente bonzinho, não faz parte de nossa essência ser somente bonzinho, precisamos do tempero, do equilíbrio criado pelos pêndulos luz e sombra. Precisamos deles!

Tudo aquilo que o bonzinho não se move para fazer – por que não está em sua essência – a sombra vai lá e faz, e faz de novo e de novo. A sombra nos dá experiência, ela carrega o poder e infelizmente – quando não está bem resolvida e integrada -, carrega também, a culpa. E a culpa pesa e todo sofrimento que nos impomos vem dela.

A Importância da Integração Luz x Sombra
Enquanto sombra, esta só faz aquilo que nasceu para fazer: experimentar. Matar, morrer, lutar, ter prazer, usar, roubar e experimentar todas as formas de tudo. 

Como você pode escolher entre preto ou branco se não vivenciou cada uma dessas nuances? A sombra nos dá essa experiência. É com base no que vivemos – não especificamente nessa vida, mas no conjunto de milhares de vidas que tivemos - que podemos escolher, caso contrário nunca teríamos parâmetros para fazer uma escolha.

Lá no texto Jornada da Dualidade eu falo dessa essência que carregamos: yin/yang. Somos os dois e os dois tem experiências e qualidades distintas. A forma de ver e sentir de cada um é diferente e por isso mesmo, complementar.

Anakin Skawalker recebeu os ensinamentos de Mestre Yoda, mas a necessidade de viver seu lado sombra era mais forte.
A forma yang de ver e sentir o poder é esmagando, controlando, aniquilando ou manipulando o outro, criando as mais variadas experiências sobre poder para experienciar como é ser assim ou assado, descobrindo cada vez mais sobre nossa identidade. Com essas experiências descobrimos o quê, como podemos e do que somos capazes, porém, precisamos do lado yin do poder para compreender que força e poder usadas em prol de si mesmo não são nada, é um jogo vazio.


Além disso, quando integramos o lado yin à toda experiência vivida pelo Yang, a sombra, este nos faz perceber que o outro também é provido de força e poder, e com isso, devemos honrá-lo por quem ele é. A força e o poder de nosso lado yin “se sabe” poderoso, porém não precisa provar nada a ninguém, pois reconhecer o outro é também reconhecer a si mesmo, pois somos todos espelhos ambulantes.


Nossa Sombra e o Mundo
Para que uma luz seja acessa é necessário existir o pólo positivo e o pólo negativo." 

O que vivemos no mundo? Guerras, corrupções, violência em diversos níveis mascaradas sob muitas formas. É a flexibilidade e a maleabilidade do lado yang do universo, a sombra se expressando. Quando negamos tais acontecimentos, negamos nossa própria sombra, a jogamos mais um pouco para baixo do tapete.

Quando – raramente - vejo os noticiários no jornal procuro aceitar que aquelas pessoas estão exercitando seu lado sombra, esgotando todas as possibilidades, experienciando o que podem e o que não podem, assim como fiz antes e agora estou no caminho da integração.

Há uma mensagem no ar que diz que “precisamos fazer alguma coisa em relação à isso”. Sim precisamos, mas não é matar aqueles que matam, isso se torna um reforço à vontade que ainda existe do nosso lado sombra de se manifestar, consegue entender? O desejo de violência só acaba em cada um de nós quando jogamos luz – consciência - sobre cada aspecto sombra e suas experiências. É quando os fazemos entender que não precisamos mais matar, esganar ou dizimar o outro para nos descobrir ou ser reconhecido, então esse desejo cessa, daí conseguimos integrá-lo a quem somos e dessa forma estamos mais inteiros.

Muitos querem a paz, mas existe dentro de cada deles um lado sombra revoltado e mal resolvido que precisa ser aceito e integrado, logo essa paz é a aceitação de si mesmo.

Nos escandalizamos com as mortes, mas de fato, ninguém morre, é somente um corpo que volta para a terra e uma alma que retorna para casa e ela leva consigo as experiências do quê e como viveu aqui. São experiências e somente isso. Não são boas, nem ruins, não são certas, nem erradas. São tão somente um banco de dados de experiências que nos darão poder de escolha sobre o quê desejamos viver ao voltar, quando chegar a hora re-encarnar.

Descobrimos que é muito divertido brincar de mocinho e bandido e muitos de nós se prendem vidas e vidas nessas posições esquecendo de almejar um lugar diferente, com uma nova qualidade de experiência. Muitos de nós que hoje se sentem vítimas do mundo, das pessoas ou da sociedade, já fomos algozes, é o tal do lado sombra mal resolvido que falei anteriormente, experimentando uma posição desconfortável em relação ao que ele mesmo já fez.

Transformando a Realidade




Muitas pessoas não entendem quando dizemos que: “transformamos a realidade quando transformamos a nós mesmos”. A verdade é que a maioria das pessoas não entende a profundidade disso por que se vêem como um ser único, quando somos seres altamente fragmentados em milhões de partes que caminham por aí, logo, se auto esclarecer causa um alto impacto dentro da realidade por que essa luz se difunde para todas as partes que lhe compõem, e a maioria delas são aspectos sombra mal resolvidos que se espelham no caos que vivemos hoje em dia.

Sem falar no aspecto vibracional da coisa, pois cada ser que expande sua consciência cria um campo vibracional que nos impulsiona em saltos quânticos, essa é nossa força.

Aceitando nossa natureza dual criamos seres humanos mais conscientes, mais bem resolvidos e receptivos. Falo por mim. Sempre tive os dois pés no “darkside”, porém um lado sombra que já não queria mais criar as mesmas experiências e por isso, essa busca tão grande de consciência, de clarificar meus aspectos mal resolvidos.

Esse é um processo muito simples, mas que se torna muito complexo devido a enormidade de crenças e aprendizados que temos sobre religiosidade e julgamentos sobre certo e errado.

Segundo Adamus sempre fala: “Está tudo perfeito em toda Criação” e seria maravilhoso aceitarmos a perfeição dos nossos erros que nos levam ao constante aprendizado, ao invés de ficarmos nos debatendo como mulas empoçadas na vala da culpa. E estou incluída nisso. Ou você aprende, ou você se culpa, não há lugar para os dois.

One Response so far.

  1. bianca says:

    e melhor refletir sobre tudo isso, um grande ensinamento, porque e a realidade que tanto damos voltas para encontrar mas que ao mesmo tempo queremos tanto encontrar e se conscientizar para podermos finalmente dominarmos esse poder que nos temos,e termos paz

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